2012 vem aí - À la carte ou self-service?

Todas as vezes que faço alguma refeição em restaurante, seja à La Carte ou self-service, não consigo deixar de observar como as pessoas estão ficando desleixadas com os bons modos à mesa. A impressão que tenho é que o importante é apenas sossegar o estômago, e a descontração a sós ou com um colega de trabalho, mesmo que por pouco tempo, está sendo esquecida.
Vejo homens e mulheres de negócios, pessoas bem vestidas ou não, comendo e falando ao celular, lendo e usando seus tablets com uma voracidade que deixaria qualquer homem da caverna perplexo. Fico imaginando se terão uma digestão razoável?
Outro dia no restaurante self-service em que estava almoçando, chegou um casal e pude constatar, pelo broche que usavam, que eram dois advogados. Eles se sentaram em uma mesa ao meu lado, não tinha como não ouvir e observar os dois. A moça muito bonita e bem vestida se serviu e sentou. O rapaz veio em seguida. Quando começaram a comer, eu perdi o apetite. A moça enchia o garfo e quando colocava a comida na boca fazia movimentos horríveis para mastigar. Para completar, falava alto, contando os problemas que teve que resolver logo cedo. É o típico caso de quem não consegue separar meia hora para fazer uma refeição tranqüila e acaba levando o stress de sua manhã para a mesa de refeição. Pior, não se dá conta de como protagoniza uma cena de extrema falta de educação e que incomoda a quem está por perto. Imagine se o cliente “grosso, irritante, problemático e etc” estivesse, por coincidência, na mesa ao lado....
Nas praças de alimentação dos shoppings você vê de tudo. Faça o teste e comprove! Começa com a falta de bom senso de uma pessoa sozinha ocupar uma mesa de quatro lugares e, normalmente, enfiar o rosto no prato para não precisar encarar as pessoas que passam e não tem onde se sentar. Ensina a Etiqueta que não se guarda lugar em praça de alimentação, e, que você deve sempre se dispor a ter desconhecidos compartilhando a mesma mesa. Outra coisa: das duas uma. Ande com um gel higienizante na bolsa ou no bolso , ou lave as mãos antes das refeições. Sabia que na China houve uma epidemia - que matou milhares de pessoas- causada por falta de higiene nas mãos?
Eu sempre gosto de lembrar que o conhecimento de normas de etiqueta parece frescura, mas tem milhares de razões para existir. Além de facilitar a vida da gente, cuida da nossa saúde também. Então, vamos relembrar algumas regrinhas básicas:
· Não coloque celulares, chaves, óculos e bolsas sobre a mesa em que você fará sua refeição. Dá para imaginar quanta sujeira invisível eles carregam?
· Não fale de boca cheia. Mastigue bem a comida e com a boca fechada.
· Use o guardanapo, mesmo de papel, para limpar os lábios antes de tomar seu suco ou refri.
· Evite cumprimentar com beijinho ou aperto de mão quem chega ao restaurante, se você já higienizou suas mãos e está comendo.
· Não deixe talheres sujos sobre a mesa e
· Se você for fazer um brinde não precisa bater o copo com força, apenas um leve toque é suficiente. Na Idade Média, ao fazer um brinde, as canecas de cerveja eram batidas umas nas outras de modo que o líquido respingasse e se misturasse e assim todos ficavam sabendo que ninguém estava sendo envenenado. Isso é passado, já estamos no século XXI.
Até mais ver!!!

Falando em Etiqueta Urbana


Hoje vou começar uma série de notas sobre Etiqueta Urbana, e gostaria de compartilhar com você um tema que afeta ade todos nós: Etiqueta no trânsito-parte I. Seja como motorista ou como pedestre, estamos nos esquecendo de agir como pessoas civilizadas. E, Brasília que já foi considerada cidade orgulho do país, tendo sido pioneira no uso de cinto de segurança e na utilização de faixa de pedestre,desde1997 quando a lei foi implementada, está atingindo níveis de extrema violência no trânsito. Estamos desaprendendo hábitos de gentileza e de respeito ao próximo, tão importantes para uma boa convivência social.
Com a proximidade das festas de fim de ano, fica mais evidente a impaciência e a falta de educação de muitos motoristas e de pedestres também. As filas na entrada da garagem dos shoppings e a busca por uma vaga fazem com que as pessoas disputem cada pedacinho de chão com voracidade de um leão. O espírito de paz e solidariedade que deveria prevalecer, desaparece de vez. Foi o que presenciei essa semana, quando esperava para estacionar e uma senhora que estava atrás de mim avançou um pouquinho, impedindo a saída de um rapaz. Ele desceu do carro e gritou tanto que a senhora começou a passar mal. Eu mal pude acreditar naquela cena de tamanha estupidez e falta de condescendência com uma pessoa idosa e que, afinal de contas, cometeu apenas um deslize.
Outra coisa que não dá para entender é por que alguns motoristas, que estão dentro de uma garagem de shopping, andam colados no seu carro sem esperar- só um minutinho - que você aguarde por uma vaga que está surgindo? A impressão que eu tenho é que a competição está presente até nesse momento, que a princípio se apresenta igual para todos.
E a buzina? Se a desculpa para justificar determinados comportamentos é o estresse a que estamos submetidos, no dia-a-dia, o som de vários carros buzinando, ao mesmo tempo, só pode provocar mais tensão e nervosismo.
O cuidado em abrir a porta do seu carro sem encostar no do próximo é outra coisa que alguns motoristas se esquecem.Pior, quando você está estacionado ao lado de uma caminhonete tamanho GG e o motorista te olha com aquele olhar 45 – SOU MAIS PODEROSO QUE VOCÊ!.
Por isso, para 2012 vamos fazer nossa lista de pedidos colocando a empatia, paciência e amor ao próximo em primeiro lugar. Todos nós podemos fazer melhor!
Até a próxima!

Prepare-se - Elas estão chegando

As Festas de Confraternização das empresas estão chegando, e, junto com elas uma série de dúvidas que atormentam muita gente.
Muitos funcionários fazem questão de “espalhar a quatro ventos” que mal conseguem esperar para beber e comer até cair !!!
Antes de mais nada é bom lembrar que a Festa de Confraternização continua sendo uma atividade de trabalho, só que com outra conotação: é o momento de diversão e interação entre chefes, subordinados e às vezes clientes, mas tudo sem perder a classe, muito menos o emprego.
Conheço “gentes” que resolveu dar mole a um superior, em uma festa de final de ano, depois de uns drinques a mais. Ele aproveitou bastante e no dia seguinte sugeriu ao presidente da empresa que a despedisse. E era um empregão; ele, não era lá essas coisas.
Muitas vezes recebo e-mails de leitores que me perguntam se a melhor coisa a fazer é não ir às festas da empresa. Respondo que de forma alguma essa deve ser a melhor atitude. Sua ausência pode significar falta de interesse em se socializar com os colegas de trabalho. Quem sabe não está na hora de exercitar o autocontrole e sair da festa admirada(o) por todos?
Para que você não se arrependa de nada e aproveite sua festa, aí vão algumas dicas que irão contribuir em qualquer situação:
  • Não exagere na comida e na bebida
  • Os vestidos transparentes e decotados devem ir a outras festas, não a da sua empresa.
  • Se surgir uma atração entre você e um colega de trabalho, seja discreto e marque um encontro fora do local da festa.
  • Se você é o Poderoso Chefão e está previsto um discurso, não se exceda no tempo de sua fala.
  • Não se esqueça que tudo que você se esqueceu porque bebeu um pouquinho a mais será lembrado no dia seguinte, no escritório.
  • E, se houver Amigo Oculto e você tirar o chefe, o valor do presente deve ser o mesmo que foi acordado, por todos. Nada de querer aparecer, se endividar e começar o ano-novo encalacrado.

Conheça a Gentileza que muda nossa vida

Aprendi muito cedo que a gentileza abre portas, e a cada dia que passa percebo como é urgente praticar o exercício da delicadeza dos gestos, do bem viver, do sorriso e de tantas coisas importantes para uma vida saudável e harmônica em todas as suas vertentes. Isso não está à venda nas farmácias.
  Primeiro curso de Etiqueta         Nossa turma de Etiqueta fazendo pose
Sabe aquela gentileza simples, natural? Não estou falando de subserviência, de achar que você tem que concordar com tudo sempre, de ter uma atitude passiva diante da vida. Estou falando que viver de forma gentil é mais leve, mais gostoso, especialmente num mundo de tanta cobrança por resultados , competitividade e futilidade também.
No livro de Linda Kaplan e Robin Koval – O Poder da Gentileza – que está fazendo o maior sucesso nos Estados Unidos, você descobre como pequenos gestos promovem grandes transformações na vida das pessoas. As autoras partem de uma experiência vivida com o segurança de um prédio de escritórios em Nova York,que com um sorriso nos lábios e um gostoso bom dia, alterou a rotina de trabalho dos funcionários e engordou a conta bancária da agência de publicidade fundada por elas.
Os exemplos citados no livro,são experiências reais, e as autoras mostram as vantagens empresariais de se adotar uma cultura de simpatia.
Nos dez capítulos do livro das executivas americanas você aprende, ri, compara as situações descritas com a sua própria vida. E, já no final do livro elas dizem que enquanto escreviam começaram a notar uma mudança sutil em suas próprias vidas. Não que elas não se considerassem gentis, mas acreditavam que poderiam ser também desatenciosas quanto qualquer um. Foi durante o processo de colocar as idéias no papel que elas começaram a agir de forma diferente, examinando com mais rigor cada gesto do dia-a-dia.
No decorrer de cada capítulo elas dão dicas de gentileza. Eu selecionei algumas para dividir com você.
  1. Exercite os músculos da amabilidade – Todos os dias, durante a próxima semana, faça cinco coisas simpáticas que não tragam nenhuma recompensa imediata para você.
  2. Mire-se no exemplo das pessoas que você admira – Você admira pessoas que fazem trabalho voluntário? Que apreciam e aconselham outras pessoas no trabalho?
  3. Pare de contar vantagens – Com ou sem consciência, quase todos nós mantemos uma contagem permanente daquilo que temos para comparar com as posses de nossos conhecidos.
  4. Ofereça um doce – Mantenha um suprimento de guloseimas em sua mesa de trabalho ou próximo a ela. Quando as pessoas que vierem vê-la(o) parecerem tensas, mal-humoradas, abra sua gaveta e dê um docinho a elas. POSSO GARANTIR QUE FUNCIONA, EU JÁ TESTEI ESSA.

Uma Breve História de Londres

 

A Caminho de Hamburgo, na Alemanha, resolvi fazer uma escala em Londres para visitar uma amiga que não via há muito tempo. O aeroporto Heathrow é uma loucura. Se você não tomar cuidado, se perde facilmente. Peguei um taxi e fui curtindo a paisagem até o meu destino. Apesar de pesado, o trânsito flui muito bem e não vi acidentes no caminho. Há muitos ciclistas nas ruas de Londres e uma curiosidade: os ciclistas andam com uma câmera acoplada ao capacete, para em caso de acidente, provarem quem estava com a razão.

Minha amiga estava trabalhando, então decidi aproveitar o pouco tempo de que dispunha e fui logo conhecer o máximo de lugares que podia. Escolhi o Big Ben, que agora está mais prá lá do que prá cá e o palácio de Buckingham.

Big Ben antes de começar a entortar                                  Palácio de Buckingham     

Fiquei curtindo os barcos passarem no rio Tâmisa e, como sempre faço, tentando imaginar como foram erguidos prédios de tamanho porte sem a tecnologia dos tempos atuais e sem guindaste. Se você puder me ajudar a entender, vou ficar muito feliz.

Vista do rio Tâmisa

Almocei rapidamente e fui conhecer o famoso Speaker’s corner-Recanto do Orador- um lugar no Hyde Park onde qualquer pessoa pode fazer discursos criticando a quem desejar, menos a Família Real e o governo inglês, sem se preocupar com problemas legais. Mas, atente para o detalhe: o orador náo pode estar pisando em solo inglês, então a solução é falar sobre um tablado, um caixote etc. O parque é lindíssimo completamente diferente do Central Park em Nova York ou do nosso Parque da Cidade em Brasília, considerado um dos maiores do mundo.

                                                      Discurso no Hyde Park

E, nossa história hoje tem o nome de breve em homenagem a um dos homens que mais admiro: o físico britânico Stephen Hawking, autor do livro Uma Breve História do Tempo. E olha só a novidade: O canal de TV Discovery criou uma série com o nome de Curiosidades, que acaba de estrear, que tem como objetivo responder às questões que a humanidade se faz a todo instante. E adivinha quem foi convidado para apresentar o primeiro programa? Ele, Mr.Hawking e a pergunta da vez é: quem ou o quê criou o universo em que habitamos?

Mas, para fazer bonito e não perder a viagem, quero dar a você umas dicas preciosas para você ser lembrado como um viajante especial e ser convidado a voltar várias vezes:

· Não se esqueça que o padrão de comportamento deles é muito diferente do nosso. O que predomina é a seriedade, mas isso não quer dizer que eles não sejam simpáticos. Vá devagar para não ser mal interpretado.

· Se você não visitar um Pub Londrino, não foi a Londres. Eles são charmosos e alguns tem tradição de séculos. Descobri que no inverno eles servem um vinho quente muito parecido com o nosso quentão. No blog das viajadas tem uma relação completa com nomes, endereços e curiosidades sobre os pubs.

· Cuidado ao atravessar a rua, pois como a direção dos carros é do lado direito, ao fazer uma curva, a sensação é de que o carro vai te atropelar a qualquer momento.

· Do jovem ao idoso, o londrino é rigoroso com horário. Seja pontual em qualquer compromisso assumido e aproveite a oportunidade para conhecer uma cultura muito diferente da nossa e que vai enriquecer seu currículo e sua vida.

Boa viagem!!!!!!!

O primeiro peixe seco a gente nunca esquece

 
Você já se imaginou comendo peixe seco, no café da manhã? Então.... foi assim que eu comecei meu dia, em Manila, logo após a chegada, no aeroporto Ninoy Aquino, depois de mais de 34 horas de vôo.                                      
Logo na chegada percebi que muita coisa nova me esperava É impressionante como nós ocidentais, pouco sabemos sobre a cultura e o povo filipino. Eu aprendi muito e acho que será preciso mais de um post para contar a você as histórias incríveis da visita que fiz a um cemitério chinês, de um festival de pipas em Paskuhan Village e ver de perto as plantações de arroz que são fertilizadas pela lava do vulcão Pinatubo. E o arroz secando na estrada???????
Aprendi no livro A Etiqueta que faz a diferença, de Maria Elisabeth Guirao, da Novatec Editora, que se você estiver na mesma situação, aja da mesma forma: não faça cara feia para a comida ou o cheiro da mesma; onde quer que você esteja, muito menos rejeite-a. Esforce-se para ser agradável e procure compreender a diversidade cultural de maneira simples e natural. Você pode se surpreender com sabores e formas bem diferentes de se preparar uma refeição.
No percurso do aeroporto até o centro – Makati – fiquei curiosa para compreender o porquê de tapumes cobrindo algumas favelas que existem.Mais tarde descobri que haveria a visita de um importante chefe de estado estrangeiro e eles não queriam “causar má impressão”. Você conhece algum fato parecido por aqui?
Fiquei surpresa ao descobrir que, diferente dos outros países da Ásia, as Filipinas são um país de maioria cristã, e tive a oportunidade de ver, em uma missa de sexta-feira, às 21h30, adolescentes se confessando, ao ar livre, embaixo de uma árvore,na Igreja Santo Nino de Paz.
Um dia fui convidada para jantar na casa de uma senhora portuguesa, casada com um alto funcionário de uma multinacional e eles moravam no mesmo prédio da Imelda Marcos, viúva do ditador Ferdinand Marcos – famosa por colecionar 1200 pares de sapato e correr o mundo procurando sapatos novos, enquanto milhões de filipinos passavam fome.

Os jipes-condução também se tornam atração para turistas                      Jipes usados como ônibus foram doados pelo Japão logo após a segunda guerra
Foi então que compreendi a paixão que o povo tinha por Corazón Aquino, ex-presidente das Filipinas, e a primeira mulher a destronar pacificamente a ditadura de Ferdinand Marcos.
Hoje o presidente do país é Noynoy Aquino, filho de Corazón e Benigno Aquino, também ex-presidente.
Em um feriado prolongado resolvi conhecer uma praia famosa: Coco Beach, em Puerto Galera, na província de Mindoro, que fica a cerca de 120 km ao sul da capital Manila. Dizem que das 7107 ilhas que formam o arquipélago essa é a que mais encanta os turistas e que conseguiu se desenvolver graças ao turismo de quintal, onde os moradores hospedam turistas locais e estrangeiros. Hoje, a prática está sendo difundida no mundo todo com o nome de projeto couchsurfing, e tem sua base na internet, tendo atingido em 2010, 2 milhões de membros em mais de 180 países.
Vista da chegada a Coco Beach e o deslumbre da vegetação                 As cabanas escondidas no verde da vegetação
                                                
                                               Turistas de todos os lugares do mundo curtindo o sossego de Coco Beach
Mas, como diz o ditado: Tudo que é bom dura pouco. Um dia depois de ter voltado daquele paraíso cercado de montanhas lindíssimas, um tufão atingiu Manila e fiquei três dias sem poder entrar em casa, porque não havia energia, os elevadores não estavam funcionando e tudo precisava ser improvisado.
Sei que é difícil de acreditar, mas vi árvores sendo arrancadas pela raiz, gente se agarrando onde podia para não ser levada pelo vento – inclusive eu - e, mesmo assim as pessoas comentavam que esse não era dos piores..... afinal, o país é atingido por uma média de 19 tufões por ano e quase sempre não deixa sinal de vida por onde passa. Ufa! Ainda bem que escapei para poder contar a você essas e as outras histórias que lá vivi.


Quer conhecer algumas das Histórias da Emília em Nova York?

Como Vai Dona Cônsul?

Você já ouviu alguém falar que Brasília é uma cidade fria, não tem esquina, as pessoas não se relacionam e que, etc, etc.? Pois bem, me falaram a mesma coisa quando recebi o convite para trabalhar em Puerto Ordaz(link), onde era chamada de Dona Cônsul e acabei me acostumando. Fiquei curiosíssima para saber tudo sobre a cidade, que até então era desconhecida para mim. Logo recebi diversos telefonemas de colegas me desencorajando, falando coisas horríveis sobre o lugar, o clima, as pessoas etc... Quem não conhece Brasília, não sabe que caminhar no parque da cidade, sem poluição, ouvindo a enorme variedade de pássaros cantarem é uma massagem no corpo e no espírito, que os programas culturais são ricos e diversificados e muitas vezes  gratuito, que grandes nomes da música saíram daqui e, que grandes e duradouras amizades se iniciam nos cursinhos de finais de semana, onde inúmeras pessoas de várias partes do país estudam para garantir uma vaga no mercado de trabalho
Por razões que os especialistas explicam, o ser humano tem limitações quando se trata de experimentar o novo.
Queimei muitos neurônios para entender o porquê do comportamento dessas pessoas, e descobri coisas valiosíssimas que ajudam muito no ambiente de trabalho. Citei 04 delas aqui e gostaria que você complementasse a lista de 10.(pode postar nos comentários).
  1. A INCONVENIÊNCIA de muitos colegas acaba com o clima organizacional e é importante aprender a lidar com eles;
  2. Se você limita suas CONCEPÇÕES E PENSAMENTOS, perde grandes oportunidades profissionais;
  3. Em tempos de globalização, a FLEXIBILIDADE é uma atitude que deve ser exercitada todos os dias e, muito importante......
  4. VOCÊ é o maior responsável por sua vida profissional.
Mas, voltando para Puerto Ordaz, uma das cidades mais bem planejadas da Venezuela que fica a duas horas de Caracas. O calor e a umidade de lá são intensos o que faz da sesta, após o almoço, uma necessidade para que você possa encarar o resto da tarde sem sentir cansaço. Ela já se chamou Ciudad Guayana e foi construída para servir de base às companhias de mineração, cujos produtos navegam pelo rio orinoco (o maior rio da Venezuela e um dos mais importantes da América do Sul) rumo ao mercado internacional.
Visita à Mineradora Monarch                        Eu o rio orinoco ao fundo
                                         
Lembra da Enya? Ela fez uma música chamada Orinoco Flow em homenagem ao rio.
Conheci pessoas maravilhosas, e todas as noites tinha balada, no Key Club, um restaurante- bar - boate de um casal adorável, que recebe as pessoas como se fosse em casa deles, tal a hospitalidade. Lá você aprende a dançar salsa e merengue sem perceber.
Aliás, percebi que temos muita coisa em comum com a Venezuela e poucos brasileiros fazem turismo por lá. A natureza é exuberante, e assim como no Brasil há cachoeiras maravilhosas, inclusive, pude conhecer o salto Angel, a maior queda d'água do mundo, com 979 metros de altura.
E a culinária? Que delíciaaaa!!! Também é muito parecida com a nossa. Se você gosta de milho, as arepas – prato típico – às vezes tem forma de crepe, outras um bolinho frito e são servidas com recheio de carne assada, presunto e outras variedades. E as bananas fritas servidas com arroz, feijão e carne!!!!!!!!!!!.
Ouvi histórias escabrosas de brasileiros que vão tentar a vida como garimpeiros na Venezuela e vivem em condições sub-humanas, passam fome, pegam em média, dez malárias ao ano e pouquíssimos conseguem ganhar dinheiro. Um deles me contou que no garimpo de rio, quando você encontra uma pedra de tamanho razoável, o dono da máquina que está na margem do rio, recebe o ouro e corta a mangueira para que o garimpeiro morra afogado.
Resolvi parar de escrever e telefonar a minha amiga Olga, com quem convivi quase todos os dias em Puerto Ordaz e que na verdade se transformou em uma querida amiga. Como sempre, fui muito bem recebida ao telefone por todos os colegas. Soube que mais duas empresas estão se instalando por lá; o casal de amigos donos do Key Club se separou, ela foi morar nos EUA e ele ficou.Mas a amizade continua.
E,contrariando meus colegas pessimistas, eu adorei morar em Puerto Ordaz e pude constatar que como diz o escritor Tom Rath, em seu livro O poder da amizade (em estudo baseado em mais de 8 milhões de entrevistas)– que aliás Eu recomendo, “verdadeiros amigos ajudam a melhorar a saúde, tornam a vida melhor e aumentam a satisfação profissional”.
E assim eu me despeço. Arrume uma mala bem grande porque no nosso próximo encontro vamos viajar para as Filipinas.

Histórias da Emília em Nova York


Você está à procura de um lugar para ser feliz? Achou. Na minha opinião, esse lugar é Nova York onde tive a oportunidade de morar durante 7 anos. Foram anos de felicidade, aprendizado e realizações e, hoje, começo a contar minhas histórias, vividas na big Apple, um dos melhores lugares do mundo para se viver. Mas, nas Histórias da Emília em Nova York vamos contar também outros casos e causos, de viagens para outros lugares, para diversificar nosso papo.
Imagine o rio de oportunidades que se tem, quando convivemos, todos os dias, com pessoas de diversas nacionalidades. Nessas muitas histórias, participei ora como observadora, ora como personagem principal e agora, resolvi tirá-las da memória e dividir com você. Tenho certeza que você vai curtir. porque é um mix de informações com dicas de comportamento, utilíssimas no mundo globalizado e exigente em que vivemos. Aproveite! 
Morei em quatro lugares diferentes, durante esse tempo, inclusive em um mini-apartamento no 25 Tudor City Place, uma espécie de condomínio, bem perto da ONU. Um lugar charmoso, entre dois parques, pouco conhecido por brasileiros. Vale a pena ir até lá para passear. Mas, foi na Roosevelt Island - onde passei mais tempo e também sinto muita saudade. Distante apenas 5 minutos de Manhattan, a conexão para a ilha é feita em um bondinho-teleférico, cenário de diversos filmes, inclusive o Homem Aranha-2002. Impossível chegar ao trabalho estressada, depois de uma viagem curta e com efeito relaxante adorável.   Mas, há quem tenha medo de altura, então a opção é atravessar a Queensboro Bridge, de carro mesmo.
Uma das cem fotos que tirei do bondinho Todos os amigos adoravam conhecer a Roosevelt Island 1 Vista da minha janela
No escritório onde trabalhava havia portugueses, mexicanas, uma japonesa, um italiano e muitos de nós brasileiros, com nosso carismático jeito de ser. No início eu não me dava conta da importância daquela convivência tão harmoniosa em um ambiente profissional com pessoas de origens tão diferentes, até que descobri que cada um de nós tinha um modo diferente de trabalhar, conseguíamos soluções diferentes e criativas para projetos ou mesmo para os trabalhos de rotina, porque nossas experiências tinham um traço cultural forte, que se somavam. Saiba que as empresas estão fazendo questão da diversidade para que possam ter uma representação mais ampla de seus clientes(A Google é um exemplo) e, com isso, encarar a concorrência, com maior chance de sucesso.
No meu horário de almoço, sempre ia a alguma exposição, depois corria para a faculdade, para dar conta do mestrado em Comunicação Social, no meu querido e saudoso New York Institute of Technology (NYIT). Alguns colegas perguntavam se não era melhor eu aproveitar mais a cidade ao invés de estudar tanto. Mas, sempre considerei que o conhecimento abre portas em nossas vidas e que para se destacar no mercado de trabalho é importante não só a formação acadêmica, mas saber um pouco de teatro, música, cinema, obras de arte etc e Nova York oferece tudo isso e muito mais.

No verão, os programas ao ar livre são curtidos intensamente, por quem mora em país de clima muito frio. Mas, Nova York tem a seu favor o céu azul lindo, mesmo com frio de quebrar a orelha. Diferente de Milão, por exemplo, que no inverno você sai de casa para trabalhar no escuro, passa o dia inteiro cinza e volta para casa no breu. Em outro post conto para vocês como foi viver lá.
Pude assistir a shows incríveis ao ar livre, no Central Park, à luz de velas, tomando vinho com velhos amigos feitos ali, momentos antes do show. Troca-se pedaços de queijo, pão, frutas.Um verdadeiro piquenique multicultural. 
E, por falar em Central Park, gostaria de deixar dicas de alguns programas imperdíveis, in the city that never sleeps (a cidade que não dorme nunca) como diz a música eternizada por Frank Sinatra:
- Visitar o Strawberry Fields – jardim construído em homenagem a John Lennon, também conhecido como Jardim da Paz, que fica no Central Park bem perto do Dakota Building (entre as ruas 71 e 74 no West side) onde Lennon morava com Yoko Ono e, vizinho da minha amiga Antônia, onde me hospedo quando vou a Nova York, agora como turista.
- Ir ao SOHO para um brunch (mistura de café da manhã com almoço) e tomar uma mimosa , champanhe com suco de laranja, para abrir o apetite. Uma delícia. Pensei em sugerir um restaurante, mas há tantos e tão aconchegantes, que ficou difícil escolher.
- Passear, aos domingos, pelo mercado das pulgas Green-flea, na Columbus Avenue, no pátio da Escola de Ensino Médio 44, no West side, onde você encontra coisas incríveis.
- Jantar no One if by Land, Two if by Sea - restaurante extremamente charmoso, sempre cheio e que não posso deixar de contar um causo ocorrido lá. Fui jantar com dois adorados amigos e um deles se chama Sérgio Mendes. Fiz a reserva no nome dele e quando chegamos o maitre esperava pelo famoso cantor. Nos divertimos muito e mais tarde até cantamos garota de Ipanema com um simpático pianista.
Por hoje é só. Vamos viajar para a América do Sul, no próximo post. Até !


Quer saber onde me chamavam de Dona Cônsul?

Minha primeira viagem virtual

O que você faria com o conhecimento acumulado em quase três décadas de trabalho em um ambiente sofisticado, diversificado, que lhe ensinou a valorizar o comportamento e o ser humano em toda a sua potencialidade?

Guardar na gaveta, não é o caso, melhor dividir com as pessoas;então, assumi minha condição de imigrante digital e faço agora minha primeira viagem virtual. Confesso que me sinto desafiada e ansiosa, por ser um ambiente totalmente novo; porém, o que me atrai no mundo virtual é a possibilidade de interagir e me comunicar, que é o que mais gosto de fazer. Por isso, conto com você para que nosso fe-bsb treinamentos seja um sucesso.

Viajei muito para vários países, ora trabalhando, ora me divertindo, ora fazendo ambos e durante esse tempo acumulei pilhas e pilhas de informações e imagens importantíssimas, bem como dicas preciosas. Percebi que poderia compartilhar tudo isso e resolvi blogar; então, a partir de agora, convido vocês a partilhar minhas experiências. Além disso, vamos falar de Comportamento no mundo executivo, assunto extremamente valorizado por todos os profissionais de sucesso aqui e em outras culturas.

Quero começar falando da Grécia, pois com a proximidade do meu aniversário me lembrei que há alguns anos, quando ainda morava em Nova York, ganhei de presente uma viagem para lá. Muita gente não sabe, mas viajar para Atenas e suas ilhas é bem barato, comparado a outros destinos na Europa. A comida é bem gostosa e quase de graça.

Foram dias em Atenas e mais alguns divididos entre ilhas esplendorosas : Mikonos, Creta, Santorini e Rhodes. fe_treinamentos

 

A primeira parada do ônibus, com turistas de todos os lugares do mundo, foi na Acrópole de Atenas  – e, para minha sorte, havia um casamento começando na mesma hora em que chegamos. Parecia filme, fiquei encantada. Imagine seu álbum de casamento tendo o Teatro de Dionísio como cenário. 

 

Na partida para Mikonos uma pequena distração na hora do embarque: conversando e curtindo o movimento das pessoas, fui me encaminhando para o navio, sem apresentar meus documentos e um fiscal da imigração achou que eu era grega, tentando embarcar sorrateiramente. Descobri que nosso biotipo lembra o deles, daí a confusão.

Os gregos são pessoas muito sociáveis e simpáticos; quando descobriram que era meu aniversário trouxeram um bolo, com uma vela enorme e convidaram as pessoas a cantarem parabéns.

Que música gostosa, nos bares, festas e restaurantes. Fiquei até na dúvida se eles não gostam de dançar mais que nós. Eu estava super curiosa para ver a famosa cerimônia do quebra pratos, mas descobri que os pratos são imitações feitas de gesso, pois hoje em dia é proibido quebrar pratos, porque várias pessoas morreram em acidentes ocorridos durante a dança.A quebra de pratos representa uma tradição de mais de 4000 anos que é o símbolo máximo do sentimento humano. Como todo grego valoriza muito o seu sentimento, o ato de quebrar pratos no chão significa o desapego aos bens materiais e à suprema valorização da própria vida.

fe_bsb

 

 

As casas pintadas de branco nas encostas das montanhas e a cor do mar egeu se juntam à beleza dos gregos nos fazendo ter vontade de parar o relógio e perder o avião de volta. Foi o que aconteceu!!!!!!!!!!!

 
 

Dica1: Em uma reunião de negócios é importante saber que os gregos preferem falar de assuntos gerais primeiro, para conhecer melhor seus parceiros e se sentirem seguros antes de tomarem qualquer decisão. Honestidade e confiança são valores ainda muito importantes, assim como a estrutura hierárquica, muito respeitada na vida profissional e social.

Dica 2: Se você estiver pretendendo fazer umas comprinhas em uma terça-feira 13, não se assuste com a maioria das lojas e restaurantes fechados, pois terça-feira 13 e o dia de azar para os gregos.

Dica 3: Evite discutir sobre religião para não desagradar os mais fanáticos, já que a Igreja Ortodoxa – predominante na Grécia – se separou da Igreja Católica no século XI e a autoridade do Papa não é reconhecida por eles. Há também um sensível crescimento de evangélicos no país.

No próximo post vou contar a vocês quais são os cinco programas que não se deve deixar de fazer em Nova York . Até lá!