O primeiro peixe seco a gente nunca esquece

 
Você já se imaginou comendo peixe seco, no café da manhã? Então.... foi assim que eu comecei meu dia, em Manila, logo após a chegada, no aeroporto Ninoy Aquino, depois de mais de 34 horas de vôo.                                      
Logo na chegada percebi que muita coisa nova me esperava É impressionante como nós ocidentais, pouco sabemos sobre a cultura e o povo filipino. Eu aprendi muito e acho que será preciso mais de um post para contar a você as histórias incríveis da visita que fiz a um cemitério chinês, de um festival de pipas em Paskuhan Village e ver de perto as plantações de arroz que são fertilizadas pela lava do vulcão Pinatubo. E o arroz secando na estrada???????
Aprendi no livro A Etiqueta que faz a diferença, de Maria Elisabeth Guirao, da Novatec Editora, que se você estiver na mesma situação, aja da mesma forma: não faça cara feia para a comida ou o cheiro da mesma; onde quer que você esteja, muito menos rejeite-a. Esforce-se para ser agradável e procure compreender a diversidade cultural de maneira simples e natural. Você pode se surpreender com sabores e formas bem diferentes de se preparar uma refeição.
No percurso do aeroporto até o centro – Makati – fiquei curiosa para compreender o porquê de tapumes cobrindo algumas favelas que existem.Mais tarde descobri que haveria a visita de um importante chefe de estado estrangeiro e eles não queriam “causar má impressão”. Você conhece algum fato parecido por aqui?
Fiquei surpresa ao descobrir que, diferente dos outros países da Ásia, as Filipinas são um país de maioria cristã, e tive a oportunidade de ver, em uma missa de sexta-feira, às 21h30, adolescentes se confessando, ao ar livre, embaixo de uma árvore,na Igreja Santo Nino de Paz.
Um dia fui convidada para jantar na casa de uma senhora portuguesa, casada com um alto funcionário de uma multinacional e eles moravam no mesmo prédio da Imelda Marcos, viúva do ditador Ferdinand Marcos – famosa por colecionar 1200 pares de sapato e correr o mundo procurando sapatos novos, enquanto milhões de filipinos passavam fome.

Os jipes-condução também se tornam atração para turistas                      Jipes usados como ônibus foram doados pelo Japão logo após a segunda guerra
Foi então que compreendi a paixão que o povo tinha por Corazón Aquino, ex-presidente das Filipinas, e a primeira mulher a destronar pacificamente a ditadura de Ferdinand Marcos.
Hoje o presidente do país é Noynoy Aquino, filho de Corazón e Benigno Aquino, também ex-presidente.
Em um feriado prolongado resolvi conhecer uma praia famosa: Coco Beach, em Puerto Galera, na província de Mindoro, que fica a cerca de 120 km ao sul da capital Manila. Dizem que das 7107 ilhas que formam o arquipélago essa é a que mais encanta os turistas e que conseguiu se desenvolver graças ao turismo de quintal, onde os moradores hospedam turistas locais e estrangeiros. Hoje, a prática está sendo difundida no mundo todo com o nome de projeto couchsurfing, e tem sua base na internet, tendo atingido em 2010, 2 milhões de membros em mais de 180 países.
Vista da chegada a Coco Beach e o deslumbre da vegetação                 As cabanas escondidas no verde da vegetação
                                                
                                               Turistas de todos os lugares do mundo curtindo o sossego de Coco Beach
Mas, como diz o ditado: Tudo que é bom dura pouco. Um dia depois de ter voltado daquele paraíso cercado de montanhas lindíssimas, um tufão atingiu Manila e fiquei três dias sem poder entrar em casa, porque não havia energia, os elevadores não estavam funcionando e tudo precisava ser improvisado.
Sei que é difícil de acreditar, mas vi árvores sendo arrancadas pela raiz, gente se agarrando onde podia para não ser levada pelo vento – inclusive eu - e, mesmo assim as pessoas comentavam que esse não era dos piores..... afinal, o país é atingido por uma média de 19 tufões por ano e quase sempre não deixa sinal de vida por onde passa. Ufa! Ainda bem que escapei para poder contar a você essas e as outras histórias que lá vivi.


Quer conhecer algumas das Histórias da Emília em Nova York?

Como Vai Dona Cônsul?

Você já ouviu alguém falar que Brasília é uma cidade fria, não tem esquina, as pessoas não se relacionam e que, etc, etc.? Pois bem, me falaram a mesma coisa quando recebi o convite para trabalhar em Puerto Ordaz(link), onde era chamada de Dona Cônsul e acabei me acostumando. Fiquei curiosíssima para saber tudo sobre a cidade, que até então era desconhecida para mim. Logo recebi diversos telefonemas de colegas me desencorajando, falando coisas horríveis sobre o lugar, o clima, as pessoas etc... Quem não conhece Brasília, não sabe que caminhar no parque da cidade, sem poluição, ouvindo a enorme variedade de pássaros cantarem é uma massagem no corpo e no espírito, que os programas culturais são ricos e diversificados e muitas vezes  gratuito, que grandes nomes da música saíram daqui e, que grandes e duradouras amizades se iniciam nos cursinhos de finais de semana, onde inúmeras pessoas de várias partes do país estudam para garantir uma vaga no mercado de trabalho
Por razões que os especialistas explicam, o ser humano tem limitações quando se trata de experimentar o novo.
Queimei muitos neurônios para entender o porquê do comportamento dessas pessoas, e descobri coisas valiosíssimas que ajudam muito no ambiente de trabalho. Citei 04 delas aqui e gostaria que você complementasse a lista de 10.(pode postar nos comentários).
  1. A INCONVENIÊNCIA de muitos colegas acaba com o clima organizacional e é importante aprender a lidar com eles;
  2. Se você limita suas CONCEPÇÕES E PENSAMENTOS, perde grandes oportunidades profissionais;
  3. Em tempos de globalização, a FLEXIBILIDADE é uma atitude que deve ser exercitada todos os dias e, muito importante......
  4. VOCÊ é o maior responsável por sua vida profissional.
Mas, voltando para Puerto Ordaz, uma das cidades mais bem planejadas da Venezuela que fica a duas horas de Caracas. O calor e a umidade de lá são intensos o que faz da sesta, após o almoço, uma necessidade para que você possa encarar o resto da tarde sem sentir cansaço. Ela já se chamou Ciudad Guayana e foi construída para servir de base às companhias de mineração, cujos produtos navegam pelo rio orinoco (o maior rio da Venezuela e um dos mais importantes da América do Sul) rumo ao mercado internacional.
Visita à Mineradora Monarch                        Eu o rio orinoco ao fundo
                                         
Lembra da Enya? Ela fez uma música chamada Orinoco Flow em homenagem ao rio.
Conheci pessoas maravilhosas, e todas as noites tinha balada, no Key Club, um restaurante- bar - boate de um casal adorável, que recebe as pessoas como se fosse em casa deles, tal a hospitalidade. Lá você aprende a dançar salsa e merengue sem perceber.
Aliás, percebi que temos muita coisa em comum com a Venezuela e poucos brasileiros fazem turismo por lá. A natureza é exuberante, e assim como no Brasil há cachoeiras maravilhosas, inclusive, pude conhecer o salto Angel, a maior queda d'água do mundo, com 979 metros de altura.
E a culinária? Que delíciaaaa!!! Também é muito parecida com a nossa. Se você gosta de milho, as arepas – prato típico – às vezes tem forma de crepe, outras um bolinho frito e são servidas com recheio de carne assada, presunto e outras variedades. E as bananas fritas servidas com arroz, feijão e carne!!!!!!!!!!!.
Ouvi histórias escabrosas de brasileiros que vão tentar a vida como garimpeiros na Venezuela e vivem em condições sub-humanas, passam fome, pegam em média, dez malárias ao ano e pouquíssimos conseguem ganhar dinheiro. Um deles me contou que no garimpo de rio, quando você encontra uma pedra de tamanho razoável, o dono da máquina que está na margem do rio, recebe o ouro e corta a mangueira para que o garimpeiro morra afogado.
Resolvi parar de escrever e telefonar a minha amiga Olga, com quem convivi quase todos os dias em Puerto Ordaz e que na verdade se transformou em uma querida amiga. Como sempre, fui muito bem recebida ao telefone por todos os colegas. Soube que mais duas empresas estão se instalando por lá; o casal de amigos donos do Key Club se separou, ela foi morar nos EUA e ele ficou.Mas a amizade continua.
E,contrariando meus colegas pessimistas, eu adorei morar em Puerto Ordaz e pude constatar que como diz o escritor Tom Rath, em seu livro O poder da amizade (em estudo baseado em mais de 8 milhões de entrevistas)– que aliás Eu recomendo, “verdadeiros amigos ajudam a melhorar a saúde, tornam a vida melhor e aumentam a satisfação profissional”.
E assim eu me despeço. Arrume uma mala bem grande porque no nosso próximo encontro vamos viajar para as Filipinas.

Histórias da Emília em Nova York


Você está à procura de um lugar para ser feliz? Achou. Na minha opinião, esse lugar é Nova York onde tive a oportunidade de morar durante 7 anos. Foram anos de felicidade, aprendizado e realizações e, hoje, começo a contar minhas histórias, vividas na big Apple, um dos melhores lugares do mundo para se viver. Mas, nas Histórias da Emília em Nova York vamos contar também outros casos e causos, de viagens para outros lugares, para diversificar nosso papo.
Imagine o rio de oportunidades que se tem, quando convivemos, todos os dias, com pessoas de diversas nacionalidades. Nessas muitas histórias, participei ora como observadora, ora como personagem principal e agora, resolvi tirá-las da memória e dividir com você. Tenho certeza que você vai curtir. porque é um mix de informações com dicas de comportamento, utilíssimas no mundo globalizado e exigente em que vivemos. Aproveite! 
Morei em quatro lugares diferentes, durante esse tempo, inclusive em um mini-apartamento no 25 Tudor City Place, uma espécie de condomínio, bem perto da ONU. Um lugar charmoso, entre dois parques, pouco conhecido por brasileiros. Vale a pena ir até lá para passear. Mas, foi na Roosevelt Island - onde passei mais tempo e também sinto muita saudade. Distante apenas 5 minutos de Manhattan, a conexão para a ilha é feita em um bondinho-teleférico, cenário de diversos filmes, inclusive o Homem Aranha-2002. Impossível chegar ao trabalho estressada, depois de uma viagem curta e com efeito relaxante adorável.   Mas, há quem tenha medo de altura, então a opção é atravessar a Queensboro Bridge, de carro mesmo.
Uma das cem fotos que tirei do bondinho Todos os amigos adoravam conhecer a Roosevelt Island 1 Vista da minha janela
No escritório onde trabalhava havia portugueses, mexicanas, uma japonesa, um italiano e muitos de nós brasileiros, com nosso carismático jeito de ser. No início eu não me dava conta da importância daquela convivência tão harmoniosa em um ambiente profissional com pessoas de origens tão diferentes, até que descobri que cada um de nós tinha um modo diferente de trabalhar, conseguíamos soluções diferentes e criativas para projetos ou mesmo para os trabalhos de rotina, porque nossas experiências tinham um traço cultural forte, que se somavam. Saiba que as empresas estão fazendo questão da diversidade para que possam ter uma representação mais ampla de seus clientes(A Google é um exemplo) e, com isso, encarar a concorrência, com maior chance de sucesso.
No meu horário de almoço, sempre ia a alguma exposição, depois corria para a faculdade, para dar conta do mestrado em Comunicação Social, no meu querido e saudoso New York Institute of Technology (NYIT). Alguns colegas perguntavam se não era melhor eu aproveitar mais a cidade ao invés de estudar tanto. Mas, sempre considerei que o conhecimento abre portas em nossas vidas e que para se destacar no mercado de trabalho é importante não só a formação acadêmica, mas saber um pouco de teatro, música, cinema, obras de arte etc e Nova York oferece tudo isso e muito mais.

No verão, os programas ao ar livre são curtidos intensamente, por quem mora em país de clima muito frio. Mas, Nova York tem a seu favor o céu azul lindo, mesmo com frio de quebrar a orelha. Diferente de Milão, por exemplo, que no inverno você sai de casa para trabalhar no escuro, passa o dia inteiro cinza e volta para casa no breu. Em outro post conto para vocês como foi viver lá.
Pude assistir a shows incríveis ao ar livre, no Central Park, à luz de velas, tomando vinho com velhos amigos feitos ali, momentos antes do show. Troca-se pedaços de queijo, pão, frutas.Um verdadeiro piquenique multicultural. 
E, por falar em Central Park, gostaria de deixar dicas de alguns programas imperdíveis, in the city that never sleeps (a cidade que não dorme nunca) como diz a música eternizada por Frank Sinatra:
- Visitar o Strawberry Fields – jardim construído em homenagem a John Lennon, também conhecido como Jardim da Paz, que fica no Central Park bem perto do Dakota Building (entre as ruas 71 e 74 no West side) onde Lennon morava com Yoko Ono e, vizinho da minha amiga Antônia, onde me hospedo quando vou a Nova York, agora como turista.
- Ir ao SOHO para um brunch (mistura de café da manhã com almoço) e tomar uma mimosa , champanhe com suco de laranja, para abrir o apetite. Uma delícia. Pensei em sugerir um restaurante, mas há tantos e tão aconchegantes, que ficou difícil escolher.
- Passear, aos domingos, pelo mercado das pulgas Green-flea, na Columbus Avenue, no pátio da Escola de Ensino Médio 44, no West side, onde você encontra coisas incríveis.
- Jantar no One if by Land, Two if by Sea - restaurante extremamente charmoso, sempre cheio e que não posso deixar de contar um causo ocorrido lá. Fui jantar com dois adorados amigos e um deles se chama Sérgio Mendes. Fiz a reserva no nome dele e quando chegamos o maitre esperava pelo famoso cantor. Nos divertimos muito e mais tarde até cantamos garota de Ipanema com um simpático pianista.
Por hoje é só. Vamos viajar para a América do Sul, no próximo post. Até !


Quer saber onde me chamavam de Dona Cônsul?

Minha primeira viagem virtual

O que você faria com o conhecimento acumulado em quase três décadas de trabalho em um ambiente sofisticado, diversificado, que lhe ensinou a valorizar o comportamento e o ser humano em toda a sua potencialidade?

Guardar na gaveta, não é o caso, melhor dividir com as pessoas;então, assumi minha condição de imigrante digital e faço agora minha primeira viagem virtual. Confesso que me sinto desafiada e ansiosa, por ser um ambiente totalmente novo; porém, o que me atrai no mundo virtual é a possibilidade de interagir e me comunicar, que é o que mais gosto de fazer. Por isso, conto com você para que nosso fe-bsb treinamentos seja um sucesso.

Viajei muito para vários países, ora trabalhando, ora me divertindo, ora fazendo ambos e durante esse tempo acumulei pilhas e pilhas de informações e imagens importantíssimas, bem como dicas preciosas. Percebi que poderia compartilhar tudo isso e resolvi blogar; então, a partir de agora, convido vocês a partilhar minhas experiências. Além disso, vamos falar de Comportamento no mundo executivo, assunto extremamente valorizado por todos os profissionais de sucesso aqui e em outras culturas.

Quero começar falando da Grécia, pois com a proximidade do meu aniversário me lembrei que há alguns anos, quando ainda morava em Nova York, ganhei de presente uma viagem para lá. Muita gente não sabe, mas viajar para Atenas e suas ilhas é bem barato, comparado a outros destinos na Europa. A comida é bem gostosa e quase de graça.

Foram dias em Atenas e mais alguns divididos entre ilhas esplendorosas : Mikonos, Creta, Santorini e Rhodes. fe_treinamentos

 

A primeira parada do ônibus, com turistas de todos os lugares do mundo, foi na Acrópole de Atenas  – e, para minha sorte, havia um casamento começando na mesma hora em que chegamos. Parecia filme, fiquei encantada. Imagine seu álbum de casamento tendo o Teatro de Dionísio como cenário. 

 

Na partida para Mikonos uma pequena distração na hora do embarque: conversando e curtindo o movimento das pessoas, fui me encaminhando para o navio, sem apresentar meus documentos e um fiscal da imigração achou que eu era grega, tentando embarcar sorrateiramente. Descobri que nosso biotipo lembra o deles, daí a confusão.

Os gregos são pessoas muito sociáveis e simpáticos; quando descobriram que era meu aniversário trouxeram um bolo, com uma vela enorme e convidaram as pessoas a cantarem parabéns.

Que música gostosa, nos bares, festas e restaurantes. Fiquei até na dúvida se eles não gostam de dançar mais que nós. Eu estava super curiosa para ver a famosa cerimônia do quebra pratos, mas descobri que os pratos são imitações feitas de gesso, pois hoje em dia é proibido quebrar pratos, porque várias pessoas morreram em acidentes ocorridos durante a dança.A quebra de pratos representa uma tradição de mais de 4000 anos que é o símbolo máximo do sentimento humano. Como todo grego valoriza muito o seu sentimento, o ato de quebrar pratos no chão significa o desapego aos bens materiais e à suprema valorização da própria vida.

fe_bsb

 

 

As casas pintadas de branco nas encostas das montanhas e a cor do mar egeu se juntam à beleza dos gregos nos fazendo ter vontade de parar o relógio e perder o avião de volta. Foi o que aconteceu!!!!!!!!!!!

 
 

Dica1: Em uma reunião de negócios é importante saber que os gregos preferem falar de assuntos gerais primeiro, para conhecer melhor seus parceiros e se sentirem seguros antes de tomarem qualquer decisão. Honestidade e confiança são valores ainda muito importantes, assim como a estrutura hierárquica, muito respeitada na vida profissional e social.

Dica 2: Se você estiver pretendendo fazer umas comprinhas em uma terça-feira 13, não se assuste com a maioria das lojas e restaurantes fechados, pois terça-feira 13 e o dia de azar para os gregos.

Dica 3: Evite discutir sobre religião para não desagradar os mais fanáticos, já que a Igreja Ortodoxa – predominante na Grécia – se separou da Igreja Católica no século XI e a autoridade do Papa não é reconhecida por eles. Há também um sensível crescimento de evangélicos no país.

No próximo post vou contar a vocês quais são os cinco programas que não se deve deixar de fazer em Nova York . Até lá!