Outro dia me peguei reparando nos gestos de alguns jovens
que almoçavam em um shopping de Brasília, e foi inevitável compará-los aos dos
não tão jovens assim, da mesa ao lado.
Você já percebeu que até a forma de abraçar um amigo
mudou?
Aqueles pequenos movimentos com os dedos nas costas do outro não existiam, não é verdade?
Aqueles pequenos movimentos com os dedos nas costas do outro não existiam, não é verdade?
Os gestos fazem parte da linguagem corporal, e
complementam o processo de comunicação dos seres vivos, dando ênfase a
mensagem.Passam a ter uma importância maior se analisarmos sob a ótica de um
dos maiores especialistas em Relações Interpessoais, o professor americano
Robert Watson que afirma ser a opinião que formamos a respeito de uma
pessoa influenciada em 55% por aspectos
visuais, 32% pela forma como ela fala e apenas 7% pelo conteúdo de sua fala.
Assim como a linguagem, os gestos mudam, se diversificam,
formam verdadeiros glossários para um determinado grupo de pessoas ou
instituições e ãs vezes passam de geração ã geração. O sinal de positivo é um
exemplo.
Quer uma dica de leitura sobre como causar uma boa
impressão e se destacar na carreira usando adequadamente seus gestos? Leia o livro A Linguagem Corporal no
Trabalho, de Allan & Barbara Pease, que tem mais de 3 milhões de exemplares
vendidos no Brasil.
Assistindo o programa Conta Corrente, da Globo News, que
tinha como convidados economistas e
profissionais de Recursos Humanos era visível a diferença no gestual deles. Os
economistas parecem visualizar gráficos e
contracenam com eles de forma vibrante, já os profissionais de RH são
brandos e acolhedores em seus movimentos.
Mas também existe um resquício de preconceito quando uma
pessoa mais velha se atreve a gesticular como se jovem fosse. É comum que pais
de jovens imitem seus filhos, talvez até como forma de aproximação. Ou até
mesmo por não se sentirem velhos e se comportarem, de forma
empática,naturalmente,
Porém não pude deixar de observar a cara de riso que uns
meninos fizeram quando o pai de um deles, de aproximadamente 45anos, usou o
sinal de hang loose para cumprimentar um vizinho.
E há ainda aqueles gestos utilizados por pessoas de
gerações bem mais velhas que provocam grandes gargalhadas na moçada da geração
Z ( da era eletrônica), como “dar uma banana” , que, traduzindo para o
vocabulário moderno significa “deixar no vácuo”.
Com o aumento da expectativa de vida estamos tendo a
oportunidade de conviver com mais de quatro gerações ao mesmo tempo. Creio ser
de grande valia compreendermos o
universo um do outro, em todas as suas dimensões e aproveitarmos o que de
melhor cada um tem a oferecer.
E que tal pararmos um pouco de competir, discriminar e
compartilhar mais?.
E viva a diferença
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