Mega Hiper Antenado


No programa Encontro com Fátima Bernardes, de segunda-feira passada, um dos temas em discussão era o Comportamento do Brasileiro no Trânsito, assunto que tem estado presente no nosso cotidiano e que tira o sono de qualquer um. Me assusta muito ver a violência do trânsito em Brasília, por exemplo, cidade que vi nascer e crescer.

Me lembrei, imediatamente, do livro do antropólogo Roberto DaMatta “Fé em Deus e pé na tábua – Ou como e por que o trânsito enlouquece no Brasil, resultado de pesquisas encomendadas pelo Governo do Estado do Espírito Santo por meio de seu Departamento Estadual de trânsito.

O professor DaMatta,que conhece o Brasil como poucos, nos esclarece a imensa dificuldade que temos em obedecer às leis, de seguir as normas mais banais.

Do bonde puxado a burro aos automóveis atuais ele explica em detalhes a evolução ou involução do trânsito no Brasil.

E num trecho instigante ele afirma: - “estou convencido de que a maioria esmagadora dos habitantes do Brasil acredita piamente num outro mundo e na sobrevivência da alma ou da sua consciência depois da morte, o que torna a propensão ao risco rotineira porque embasada neste conceito de que temos muitas vidas à nossa espera. Esta nossa existência é apenas uma, talvez a mais desgraçada, entre muitas outras”.

Eu recomendo o livro do professor DaMatta,a todas as pessoas que acreditam que depende de cada um de nós promover uma transformação de comportamento, que ainda nos fará sentir orgulho – novamente - de sermos brasileiros.

                        Quem sabe conseguimos criar um debate interessante sobre esse tema?

                                                             

Ética e Etiqueta - (Des)encontro de gerações


Pela primeira vez na história estamos vivenciando uma situação muito interessante no mundo do trabalho: o encontro de cinco gerações convivendo na mesma empresa. Considerando também o jovem aprendiz que já é uma realidade para muitos.

Se cada geração mantém uma relação diferente com o trabalho, podemos deduzir que os conflitos só tendem a crescer.Uma pessoa da geração X tende a priorizar a estabilidade no emprego e lida com a hierarquia com mais facilidade que uma da geração Y, por exemplo. Os interesses são completamente distintos e as atitudes também, assim como o conhecimento acumulado faz muita diferença.

Para nos ajudar nessa empreitada podemos pedir socorro à Ética e a Etiqueta que terão o maior prazer em ser úteis nas nossas vidas.
Muitas vezes cobramos de um profissional jovem atitudes éticas, mas nos esquecemos que ele pode nunca ter sido apresentado a conceitos éticos e muito menos  a normas de Etiqueta. Muitas empresas não tem código de conduta ética, mas esperam que seus funcionários sejam impecáveis em seu comportamento.

No começo da carreira é muito comum se seguir o exemplo do chefe e se você tiver a sorte que eu tive com meu primeiro chefe – Embaixador Paulo Cotrim – vai descobrir como o ambiente profissional fica rico e saudável quando se aprende que nossas atitudes não podem causar desconforto e muito menos ser favorável a apenas uma pessoa.

Para se viver em harmonia é preciso respeitar o outro, assumir nossos erros e, sobretudo, ser humilde, dividindo nosso conhecimento que não irá dar frutos se ficar guardado em uma gaveta. 

As instituições devem instituir a figura do mentor – aquele funcionário mais velho e mais experiente – ou até chamar o funcionário aposentado e cheio de vontade de contribuir com o desenvolvimento daquele lugar que ele dispensou anos de sua vida para orientar e ajudar na formação de profissionais qualificados, tão em falta no mercado brasileiro.
             
                                               E viva a diferença!